terça-feira, 18 de outubro de 2016

Guarda Responsável: O que é isso?

"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal
ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante." 
(Albert Schwweitzer - Nobel da Paz - 1952)



Guarda responsável: que bicho é esse? Já ouviram falar sobre isso? 
Guarda responsável é uma expressão usada para abranger os valores que os humanos precisam ter em relação aos animais. Muitos pessoas costumam usar, de maneira equivocada, o termo posse responsável, ao terem a ideia de que animal de companhia é um objeto, propriedade e etc. O pensamento de que um animal é um bem, possibilita a compra, venda, troca, abandono e devolução, ou seja descarte após o uso.

Entende-se por guarda responsável um conjunto de normas para direcionar a conduta do humano em relação ao animal de companhia, de forma que proporcione bem estar. Vamos deixar claro que ninguém é obrigado a ter um animal de companhia, porém a partir do momento em que se propõe ser um guardião, deve-se responsabilizar por zelar por sua vida. Sendo assim, é de fundamental importância que disponibilize os elementos necessários para que ele tenha uma vida digna, saudável e feliz. 

Segundo o Artigo 32 da Lei Federal nº. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 (BRASIL, 1998):       
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. 
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

Sendo assim, pode-se concluir que o termo posse é usado para coisa, e quando se tratando de animais detêm-se a guarda, a qual possui algumas regras básicas. Entre essas regras, muitas delas baseadas na Declaração Universal dos Direitos dos Animais de 1978, estão: promover assistência veterinária; oferecer alimentação adequada e água fresca e limpa; não prende-los em correntes; não abandona-los em qualquer hipótese; mate-lo em boas condições de higiene; oferecer abrigo; dar disciplina, exercícios e afeto; entre outros.

Além disso, prefira adotar ao invés de comprar um animal, visto que  existem milhares de animais abandonados nas ruas, ou até mesmo em lares e abrigos aguardado uma oportunidade. Não sou contrario a venda de animais, porém existem muitos criadores que mantem os animais de forma precária, visando apenas produção e lucro. 

Conviver com um animal de estimação é um privilégio, é uma escolha, sendo assim, tenha sempre em mente que é um ser vivo, sentem dor, fome, frio e tristeza. Já pararam para pensar na dor que sentem ao ser abandonados ou devolvidos depois de dar tanto afeto?

Quando falo de animal de companhia, não estou falando de uma peça de roupa que tem 30 dias para trocar ou devolver, ou de um produto cujo prazo de validade está a expirar, estou falando de um ser vivo que recebeu o seu tutor de braço e coração aberto, e tentou a sua maneira demonstrar todo o carinho que sentia.

Portanto queridos amigos, não adotem ou comprem um animal apenas por impulso, consultem suas famílias, sua condição financeira e seu coração.
Abraços a todos, e até a próxima.

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